sexta-feira, 29 de outubro de 2010

De novo...

Esperava mais tempo ao seu lado. Queria poder acompanhar seu sorriso e sentir seu cheiro. Respirar perto de seu rosto controlando meu fôlego. Te abraçar forte sentindo seu coração bater ao ritmo do meu. Andar de mãos dadas observando cada passos e pessoas. Ri de coisas bobas. Trocar olhares disfarçados. Brincar voltando a ser criança. Prometer o mundo que nunca veio. Comer mais que o preciso. Ajudar um ao outro. Fazer carinhos no seu rosto. Beijar você como se fosse a primeira vez. Escutar sua voz reclamando do mundo, seus apelos ou até mesmo o velho eu amo você.


sábado, 23 de outubro de 2010

Tristeza.

Já passa de meia noite e meia. A água da chuva bate com força no vidro de minha janela. Está silêncio, escuro, uma completa solidão. As únicas luzes que vejo são as luzes dos raios, que se variam no tempo, que me deixa esperando para escrever a proxima palavra no papel. Não consigo dormi, meus pensamentos estão gritando. O que fazer? Aonde está você? Não podia ser diferente? Eu queria dormi... Eu preciso dormi. Mas mais um vez, você conseguiu estragar tudo.

domingo, 17 de outubro de 2010

Não entendo.

As coisas estão caminhando para o lado errado...
Eu grito pedindo, desesperadamente, para tudo voltar, mas é completamente em vão.
Parece que não me ouve, ou simplesmente não está nem aí.
Perguntei-me o que devo fazer. Estou sem resposta, confusa.
Vou seguindo pelo caminho que me induzem, que pela maioria das vezes me obrigam a seguir.
Porque tudo não pode voltar para levar para meu caminho?
Porque tudo tem que ser tão diferente nesse meu destino?

terça-feira, 12 de outubro de 2010

O velho amor à primeira vista.

Carnaval em Pernambuco, dois olhares se encontram. Aquela festa toda parecia parar diante dos olhos fixos, um no outro. Um soldado e uma bailarina.
Um rapaz forte e bonito interrompe a cena chamado a bailarina para dançar, os olhos se perdem no meio da multidão.
Um olhar assustado, como de um pai quando perde o filho, sai desesperadamente atrás dos olhos que lhe proporcionavam uma felicidade tão grande que nem ele mesmo podia explicar. Corre, empurrando a multidão, desamparado sem saber onde iria chegar.
Exausto, ajoelha-se no chão, ouvia apenas o Frevo se aproximando e vendo pelo reflexo de uma possa d’água o sol lentamente se escondendo atrás das nuvens.
Uma chuva fina repentina começa, fazendo aos poucos a rua lotada pela multidão, se esvaziar. O pobre soldado, já suado e quase todo desmanchado, deita-se no chão. O barulho do Frevo vai subindo a rua deixando-o em completa solidão.
Para de chover. O sol se abre junto com seus olhos, forma-se assim, com as vistas parcialmente embaçadas, o vulto que ele tanto queria ver. Vestido com a roupa de bailarina, com o olhar ainda, mas brilhante que a primeira vez.
Ele abriu um sorriso de orelha a orelha, levantou-se encontrando novamente os olhos, dessa vez, para nunca mais perde-los.